DONA BELORIZONTINA

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Belorizontina é muito louca

Ela invadiu a boca aí da rua de trás

Grudada na orelha do próprio neto

Atrás d'um objeto que nem usa mais

Só bato boca c'o dono da Boca

Falou de dentro da toca que ela mesma fez

Olha eu sirvo pra ser sua vó

Mas que bosta de pó? Quer matar o freguês?

E a Marijuana que achei na bagana

Nem otário bacana "fum'ela" outra vez...

Segurou no cano e bateu com o cabo

No que foi eleito o mais brabo do mês

Por que não enfia essa droga no rabo

Não sei por que que eu não acabo com todos vocês!?

E de lá não quis mais ir embora

Pediu foi caipora e alguns outros venenos

Enquanto esperava jogava caxeta

C'o tal de Capeta, vô do Zé Pequeno...

Já que eu vim vou ficar por aqui

Nem descer, nem subir... Até ele chegar

Ao saber que não tinha mais ferroquina

Belorizontina pediu no lugar...

Deixou à mostra as dez tatuagens

Que explicam a viagem e a bagagem também

Respeitada pela malandragem

E pela tal milhagem que ali ninguém tem

Já rodou por "outros continentes"...

Mas no tempo presente não quer confusão

Quem lhe fez balançar na pinguela

Foi o Neto dela aquele vacilão

O "canela seca" foi do falecido

Ultrajaram o marido aceitando o oitão

Ela só quer o bagulho de volta

Expôs sua revolta pro próprio Patrão

Tá envergonhando a nossa favela

Se você for nutela eu te mato ladrão...

Paulino Neves
Enviado por Paulino Neves em 24/02/2020
Reeditado em 24/02/2020
Código do texto: T6873228
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