DONA BELORIZONTINA
...
Belorizontina é muito louca
Ela invadiu a boca aí da rua de trás
Grudada na orelha do próprio neto
Atrás d'um objeto que nem usa mais
Só bato boca c'o dono da Boca
Falou de dentro da toca que ela mesma fez
Olha eu sirvo pra ser sua vó
Mas que bosta de pó? Quer matar o freguês?
E a Marijuana que achei na bagana
Nem otário bacana "fum'ela" outra vez...
Segurou no cano e bateu com o cabo
No que foi eleito o mais brabo do mês
Por que não enfia essa droga no rabo
Não sei por que que eu não acabo com todos vocês!?
E de lá não quis mais ir embora
Pediu foi caipora e alguns outros venenos
Enquanto esperava jogava caxeta
C'o tal de Capeta, vô do Zé Pequeno...
Já que eu vim vou ficar por aqui
Nem descer, nem subir... Até ele chegar
Ao saber que não tinha mais ferroquina
Belorizontina pediu no lugar...
Deixou à mostra as dez tatuagens
Que explicam a viagem e a bagagem também
Respeitada pela malandragem
E pela tal milhagem que ali ninguém tem
Já rodou por "outros continentes"...
Mas no tempo presente não quer confusão
Quem lhe fez balançar na pinguela
Foi o Neto dela aquele vacilão
O "canela seca" foi do falecido
Ultrajaram o marido aceitando o oitão
Ela só quer o bagulho de volta
Expôs sua revolta pro próprio Patrão
Tá envergonhando a nossa favela
Se você for nutela eu te mato ladrão...