JESSÉ GOMES DA SILVA FILHO

Jessé Gomes da Silva Filho

Só lá no estribilho é que eu vou revelar

Um apelido dos mais conhecidos

D'um mano nascido lá no Irajá...

Tributo em vida, singela homenagem

À malandragem desse cidadão

Do nada, um pinho, cerveja, sacola...

Verso na cachola, cavaco na mão!

Partideiro de alta patente

Repente no pente sempre deu trabalho

Enquanto descrevo esse malandro

Já tem gente lembrando da Beth Carvalho

Salve a memória da madrinha

E a sua varinha de condão

Que pôs no estrelato um bonde nervoso

Sempre generoso foi seu coração...

Olha, Beth onde quer que esteja

De Luz sempre seja o seu novo Caminho

Obrigado por ter revelado

Esse mano chamado Zeca do Pagodinho

Pagodinho, malandro do bem

Hoje a rima é Xerém, Duque de Caxias...

Lembro bem do episódio da enchente

Esse mano é gente: total sintonia

Tem mais de sessenta, mas não aparenta

É unanimidade não tem discussão

Conjuminou só na simplicidade...

A longevidade e o copo na mão!

Bom malandro de fato e direito

Olha só: não tem jeito, o sujeito é bamba

Ensina a molecada a correr pelo certo

E o quintal sempre aberto pro Povo do Samba

Paulino Neves
Enviado por Paulino Neves em 19/02/2020
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