Cidade Dormitório

A cidade não me deixa respirar

A cidade não me deixa respirar

Por mais que eu persista

(Não vai parar)

A rua está tão vazia

E o seu cheiro a dissipar

As feridas

E a carne enrijecida

Com o tempo a mastigar

E a labuta na matina

Nos seus trilhos também correm trens

E os seus filhos também serão reféns

Das mudanças e andanças

O concreto preenche a vista

Faz do Carmo mais um lar

Tantas vidas esquecidas

Na Coral ou na Safira

Com o tempo a calcular

Eu confesso, eu espero

Nos seus trilhos também correm trens

E os seus filhos também serão reféns

Das mudanças e andanças

Lucas André Almendra e Everton Dertonio
Enviado por Lucas André Almendra em 13/02/2020
Código do texto: T6865345
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