PORTUGUÍNDIO - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros Rio de Janeiro Brasil

PORTUGUÍNDIO - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros

Navego-Te, sou um menino,

Oh, ilustre Portugal

Dos sonhos que descortino,

Rumando ao teu litoral.

Se não disponho de nau,

Eu apenas silencio,

Escolho o verso ideal

É pronto: Tenho um navio!

É a Porto logo em teu Tejo,

Beijo os versos de Pessoa

E tantos outros que vejo:

Florbela, Régio... a alma voa...

Bocage, Camões, Sá Carneiro,

Tantos míticos poetas

E faço-me prisioneiro

Da tua história inquieta...

Vislumbro tua Lisboa,

Teu Porto, marinhas,

A tua gente tão boa,

Os teus castelos e vinhas.

É nesse ato de amar-te

Buscar-te e um dia ver-te,

Contento-me em sonhar-te,

Que estranho... sem conhecer-te.

Abro meus olhos felizes

E esse amor repentino

Se abre em vários matizes,

Tenho os sonhos de um menino.

Mergulho num tempo antigo

E o meu avô português,

De olhos azuis, ri comigo

E diz: - Sabes quem te fez ?

Uma índia brasileira

Que um dia arremessou

Uma fechada certeira

No peito do teu avô!

Às 21h e 50min do dia 21 de julho de 2004 do Rio de Janeiro - Brasil.

LUIZ POETA
Enviado por LUIZ POETA em 10/02/2020
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