Imagem: Arquivo Pessoal
Memória Musical 2
Uma das alegrias que a internet nos permite é encontrar canções de outrora e desfrutar desses poemas cantados. Esta é uma das canções em que meu Pai cantava sob o luar para a Mamãe, rs. Tempos de serenatas, de namorar de mãos dadas, tempos idos, mas que têm o seu devido encanto.
Alvaniza Macedo
Ontem ao Luar
Ontem ao luar
Nós dois em plena solidão
Tu me perguntaste
O que era dor de uma paixão
Nada respondi
Calmo assim fiquei
Mas fitando azul do azul do céu
A lua azul eu te mostrei
Mostrando-a ti dos olhos meus correr senti
Uma nívea lágrima e assim te respondi
Fiquei a sorrir por ter o prazer
De ver a lágrima nos olhos a sofrer
A dor da paixão não tem explicação
Como definir o que só sei sentir?
É mister sofrer para se saber
O que no peito o coração não quer dizer
Pergunta ao luar travesso e tão taful
De noite a chorar na onda toda azul
Pergunta ao luar do mar a canção
Qual o mistério que há na dor de uma paixão
Se tu desejas saber o que é o amor
Sentir o seu calor
O amaríssimo travor do seu dulçor
Sobe o monte a beira-mar ao luar
Ouve a onda sobre a areia lacrimar
Ouve o silêncio
A falar na solidão
De um calado coração
A penar a derramar os prantos seus
Ouve o choro perenal
A dor silente universal
E a dor maior
Que é a dor de Deus
Se tu queres mais
Saber a fonte dos meus ais
Põe o ouvido aqui na rósea flor do coração
Ouve a inquietação da merencória pulsação
Busca saber qual a razão
Porque ele vive assim tão triste a suspirar
A palpitar em desesperação
Na teima de amar um insensível coração
Que a ninguém dirá no peito ingrato em que ele está
Mas que ao sepulcro fatalmente o levará
Artista: Rubel
Compositores: Pedro Alcantara / Catulo Da Paixão Cearense.
Breve histórico, ipsis litteris:
A melodia de “Ontem ao Luar” foi composta originalmente pelo flautista Pedro Alcântara(1866-1929), em 1907. Inicialmente era uma polca e se chamava “Choro e Poesia”. Mais tarde(1913) recebeu a letra (à revelia do autor) de Catulo da Paixão Cearense(1863- 1946) e passou a se chamar “Ontem ao Luar”.
A primeira gravação de “Ontem ao Luar”, em 1918, é de Vicente Celestino. Devido à semelhança com a canção Love Story, retornou com mais de dez regravações durante a década de 70. (Fonte:https://jornalggn.com.br/memoria/ontem-ao-luar/)
Atualmente, a canção faz parte da trilha sonora da novela global Éramos Seis, numa bela interpretação de Rubel. Segue o link:
https://www.youtube.com/watch?v=E-GC3SeVBG4
Memória Musical 2
Uma das alegrias que a internet nos permite é encontrar canções de outrora e desfrutar desses poemas cantados. Esta é uma das canções em que meu Pai cantava sob o luar para a Mamãe, rs. Tempos de serenatas, de namorar de mãos dadas, tempos idos, mas que têm o seu devido encanto.
Alvaniza Macedo
Ontem ao Luar
Ontem ao luar
Nós dois em plena solidão
Tu me perguntaste
O que era dor de uma paixão
Nada respondi
Calmo assim fiquei
Mas fitando azul do azul do céu
A lua azul eu te mostrei
Mostrando-a ti dos olhos meus correr senti
Uma nívea lágrima e assim te respondi
Fiquei a sorrir por ter o prazer
De ver a lágrima nos olhos a sofrer
A dor da paixão não tem explicação
Como definir o que só sei sentir?
É mister sofrer para se saber
O que no peito o coração não quer dizer
Pergunta ao luar travesso e tão taful
De noite a chorar na onda toda azul
Pergunta ao luar do mar a canção
Qual o mistério que há na dor de uma paixão
Se tu desejas saber o que é o amor
Sentir o seu calor
O amaríssimo travor do seu dulçor
Sobe o monte a beira-mar ao luar
Ouve a onda sobre a areia lacrimar
Ouve o silêncio
A falar na solidão
De um calado coração
A penar a derramar os prantos seus
Ouve o choro perenal
A dor silente universal
E a dor maior
Que é a dor de Deus
Se tu queres mais
Saber a fonte dos meus ais
Põe o ouvido aqui na rósea flor do coração
Ouve a inquietação da merencória pulsação
Busca saber qual a razão
Porque ele vive assim tão triste a suspirar
A palpitar em desesperação
Na teima de amar um insensível coração
Que a ninguém dirá no peito ingrato em que ele está
Mas que ao sepulcro fatalmente o levará
Artista: Rubel
Compositores: Pedro Alcantara / Catulo Da Paixão Cearense.
Breve histórico, ipsis litteris:
A melodia de “Ontem ao Luar” foi composta originalmente pelo flautista Pedro Alcântara(1866-1929), em 1907. Inicialmente era uma polca e se chamava “Choro e Poesia”. Mais tarde(1913) recebeu a letra (à revelia do autor) de Catulo da Paixão Cearense(1863- 1946) e passou a se chamar “Ontem ao Luar”.
A primeira gravação de “Ontem ao Luar”, em 1918, é de Vicente Celestino. Devido à semelhança com a canção Love Story, retornou com mais de dez regravações durante a década de 70. (Fonte:https://jornalggn.com.br/memoria/ontem-ao-luar/)
Atualmente, a canção faz parte da trilha sonora da novela global Éramos Seis, numa bela interpretação de Rubel. Segue o link:
https://www.youtube.com/watch?v=E-GC3SeVBG4