A letra do poente
O sol que tudo se converte,
Imanando que tudo verte,
O coração que se inverte,
E coração que tudo inerte.
A letra de seu dor poente,
Acreditar estar eu doente,
Em esse mesmo aponte,
E discernir como conte.
Refrão
No desalento do teu farol,
Como o sono que ama o sol,
Mais ainda como o ser anzol,
De ternura candura o arrebol.
O poente que duram primaveras,
Acreditei em vinhas retas,
Mesmo o colibri que acalantas,
Mexe com o interior de setas.
O perdão que tudo, dorme ser,
O sentimento que voltas,
Lá coração que recantas,
Entre o verso que nutres.
Refrão
No desalento do teu farol,
Como o sono que ama o sol,
Mais ainda como o ser anzol,
De ternura candura o arrebol.
O poente que tudo transforma,
O soneto que tudo volta,
A cromatina que se convergir,
O amor que tudo vencer.
O olho que voltou a enxergar,
O amor que tudo retorna,
A amar como quem entorna,
Mais ainda que o bem faça.
Refrão
No desalento do teu farol,
Como o sono que ama o sol,
Mais ainda como o ser anzol,
De ternura candura o arrebol.