BALA de PRATA no UIVO do CÃO
O mundo da vergonha não tem aventura
siliconados e turbinados demônios
rasgam as fétidas estradas das trevas
auxiliados pelos gafanhotos mecatrônicos
cujo rei é um maluco drogado
que aluga a aparência e o vôo de anjo caído
dos dragões da agiotagem
Este não é o mundo da lógica
o caos é uma flor geométrica
cuja cor é voracidade
o crime organiza a cidade
em cemitérios clandestinos repletos de bustos de Facínoras
ao longo das ferrovias que não constam nos mapas
Átomos partidos gotejam líquidos milionários
pelos quais os solitários vendem as almas
nos shoppings do inferno cujos anjos no corpo de escorpião
são traficas
conspurcados por alfabetos eletrônicos
Seqüestros
se o fim da espécie é a barbárie
o seq6uestro é a lua sangrada no fio da navalha
quando a noite desembanha a claridade
rasgando a face bêbada do mendigo
que escorre em cascas liberando o anjo da favela
bala de prata no uivo do cão
O que dizer do sexo no seqüestro?
seqüestros sexos guera civil
avidamente declarada
o vazio no poder
abre as portas da permissividade
quando a punição da lei nada significa
não há temor
as posssibilidades mais cruéis aparecem reais