ARDENTE

Meus olhos me traem

Minhas pernas consentem

Mas eu sigo ainda assim o meu rumo

Em resumo, presumo que meu prumo quebrou

Se todo o amor jaz

Pra mim tanto faz

Se minha fortaleza foi soprada tão fácil

Talvez eu estivesse errado

Em ficar desarmado

Em lhe dar as costas

Deixar minha vida

Exposta ao vento

Exposta ao relento

Sentindo o corpo arrefecido

Mas queimando por dentro

Eu queimo por dentro

Meu corpo me traz

Saudades demais

Parece não refletir sobre o que aconteceu

Não entendeu que o "você e eu" se perdeu

De repente o amor não é mais alcançável

Só resta agora o muro da indiferença

Meus olhos me traem

Meu corpo consente

Eu queimo por dentro

Axills
Enviado por Axills em 19/11/2019
Código do texto: T6798572
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