ARDENTE
Meus olhos me traem
Minhas pernas consentem
Mas eu sigo ainda assim o meu rumo
Em resumo, presumo que meu prumo quebrou
Se todo o amor jaz
Pra mim tanto faz
Se minha fortaleza foi soprada tão fácil
Talvez eu estivesse errado
Em ficar desarmado
Em lhe dar as costas
Deixar minha vida
Exposta ao vento
Exposta ao relento
Sentindo o corpo arrefecido
Mas queimando por dentro
Eu queimo por dentro
Meu corpo me traz
Saudades demais
Parece não refletir sobre o que aconteceu
Não entendeu que o "você e eu" se perdeu
De repente o amor não é mais alcançável
Só resta agora o muro da indiferença
Meus olhos me traem
Meu corpo consente
Eu queimo por dentro