ChicoDoCrato-WashingtonTavares-NordesteDeMãosLimpas

ChicoDoCrato-WashingtonTavares-NordesteDeMãosLimpas

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Letra Adaptada do Cordel de Washington Tavares, por ChicoDoCrato, além da música, arranjo, mixagem e sintetização.

AosMeusfilhos, Manuel(Oceânografo), Rodrigo(Logística)minhanetinhaValentina, Rafael(Agrônomo)MinhaNetinhaMariaIsadora.

Audacity 100 Ritmo em Mí -\+, Gravação caseira – gravar em estúdio

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declamando

Homenagem a todas as pessoas

Que se uniram para retirar

Do litoral do Nordeste

Qualquer mancha de óleo!

cantando

Nordeste, cabra da peste

Que de covarde não se veste

Que as minhas mãos eu empreste

Pra mode limpar esse mar

Doutor, se sente prá não cair

E deixe que eu lhe diga

Que’esse povo dá um Boi Pra num entrar numa briga

Mas depois, que a luta n’alma tá entranhada

Pra não sair, doutor, Esse povo dá uma boiada

Doutor, tá vendo esse óleo na praia

A dor é muita, é de amargar

Mas creia sua excelência

Nós vamos limpar, Com muita paciência,

Da areia aos mangues, gota a gota, Esse mar!

Desse mar, doutor, “veve” o povo humilde daqui,

A Maria do Sururú, Dé Pescador,

João Boca de Sirí, Fatinha do Aratú,

É marisco, caldinho, camarão, caldeirada

É mais que mar... É mais que mar...

Pr’esse povo: é estado d’alma

A mão do mangue, a mão na pesca

É tudo que nos resta.... prá vida ganhar

Dia e noite no mar, na lida dura

No “estambo” dois “taco” de rapadura

Qué pra os meninos estudar.

E agora, doutor,

O petróleo chegou resoluto

Pintou as praias de luto

O turista espantou

Recifes de corais, estuário, manguezal

A natureza morre no Mal

Que o homem espalhou.

Com dor, o nordeste vê esse velório

Trazido pelo óleo, que no mar se derramou

Mas doutor, esse povo é tão forte,

Com pirão e moqueca vence a morte

Contra o óleo já se ajuntou...

Doutor... É “veio, mulé, mininu,”

Cachorro, bode, felino

Que se uniram em amor.

Todo mundo em alerta

Esse óleo perdeu a guerra

Quando o nordeste desafiou.

A gente vai devolver aos meninos

A alegria de domingo com sol e mar

O turista vai encher a vista

E dizer: que águas tão limpas!

Quero me banhar!

Nordeste, cabra da peste

Que de covarde não se veste

Que as minhas mãos eu empreste

Pra mode limpar esse mar!

Quando um dia doutor,

Nossas netinhas perguntarem:

Vovô, responda de coração,

Por que de todos, o mar do nordeste é o mais salgado

Direi com olhos lacrimados:

Nele está misturado

O suor dos teus irmãos

Bis

Nordeste cabra da peste

Que as minhas mãos eu empreste

Prá mode limpar este mar!

Declamando

Homenagem a todas as pessoas

Que se uniram para retirar

Do litoral do Nordeste

Qualquer mancha de óleo!

ChicoDoCrato e Washington Tavares
Enviado por ChicoDoCrato em 30/10/2019
Reeditado em 30/10/2019
Código do texto: T6782766
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