CAVALEIRO CINZA

Se eu não soubesse

E ninguém dissesse

Eu descobriria

Atento a tudo

De olho no mundo

Minha valentia

É o que mantém meu cego ego inteiro

É o que permite o meu sonho passageiro

Com dor nas costas

E olhos inchados

Eu levanto cedo

Na mão da rua

Minha mente crua

Me empurra aceso

E o que espera é o meu amor interno

Mas o que próspera é o meu ódio sincero

Maltrato as horas

Rabisco no teto

Planos atrevidos

Praguejos as eras

Amaldiçoou a história

Com gritos encardidos

E vou cavalgando insano em direção ao muro

Espreitando entre a ilusão e num olhar profano e profundo

E com a vã intensão

De que amanhã

Não me repita

Não me repita

Não me repita.

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 02/09/2019
Código do texto: T6735079
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