CAVALEIRO CINZA
Se eu não soubesse
E ninguém dissesse
Eu descobriria
Atento a tudo
De olho no mundo
Minha valentia
É o que mantém meu cego ego inteiro
É o que permite o meu sonho passageiro
Com dor nas costas
E olhos inchados
Eu levanto cedo
Na mão da rua
Minha mente crua
Me empurra aceso
E o que espera é o meu amor interno
Mas o que próspera é o meu ódio sincero
Maltrato as horas
Rabisco no teto
Planos atrevidos
Praguejos as eras
Amaldiçoou a história
Com gritos encardidos
E vou cavalgando insano em direção ao muro
Espreitando entre a ilusão e num olhar profano e profundo
E com a vã intensão
De que amanhã
Não me repita
Não me repita
Não me repita.