DEIXA EU FICAR PRA DEPOIS

Olhos vermelhos ecesos,

Portas da imensidão

Quando se verte a dor de ontem,

Deixa eu ficar pra depois

Deixa eu ficar pra depois

Deixa eu ficar pra depois

Pra depois do amanhecer,

Depois de acontecer

Bocas vazias a esmo

Sem nem um mero palavrão

Esvaziado de algum segredo intenso

Deixa eu ficar pra depois

Deixa eu ficar pra depois

Deixa eu ficar pra depois

Pra depois do infinito

Depois do que era bonito

Meu corpo é só letargia

Preso na inanição

Na intensão de que algum dia, a vida

Deixe eu ficar pra depois

Deixa eu ficar pra depois

Deixa eu ficar pra depois

Pra depois do esquecimento

Depois até do momento

Deixa eu ficar pra depois

Deixa eu ficar pra depois

Pra depois que o depois deponha

E imponha

Que não haverá mais depois.

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 11/08/2019
Código do texto: T6718069
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