A volta do devasso

Chega aqui e dá-me trato,
vem matar quem me roeu.
O sofrer é como um rato,
a saudade me sofreu.


Traz a cura, vem a jato,
bem costura o peito meu.
Chega aqui e dá-me trato,
vem matar quem me roeu.

Mendicante, peço afago,
um tantinho de carinho,
um sorriso mesmo siso,
ou talvez um terno abraço.

Se ainda te for caro,
rogo pois somente um mingo,
faz a mim a gentileza:
ouve só meu fado lindo,
dedicado a ti, princesa.

Mas se nada me for dado,
teu descaso então me vingo,
tramo um tango na tristeza
e suplico a Baco (rindo!)

meu regresso à safadeza.