COTIDIANO
A manhã acendeu-me a luz da vida
Abri a porta para mais um dia
Um monte de cimento me engolia
A rua cheia estava vazia
Máquinas ferozes poluem meu peito
Homens famintos comendo o tempo
Pobres infelizes querendo dinheiro
Meus olhos fechei de arrependimento
O futuro sem futuro destruindo monumentos
Pais e professores morrendo de medo
Os homens da lei bem escondidos
E eu preso nesse hospício
Luiz Carlos Santos