Continua Assim

Quando a luz

Mira os teus cachos

Assim pela manhã

Tanto produz

Tempestade, o raio

De Iansã

E no primeiro

Piscar dos olhos teus

Encontro estrela cadente

E no espelho

Olhar o corpo seu

Enquanto espreita dormente

Pode não ser pra ficar

Posso não ter pra esperar

Mas se vier será

Posso não ver pra ouvir

Posso esquecer pra sumir

Mas se quiser fugir

É mês de Julho

E o vento corre solto

Em teus pelos

Talvez lhe curo

No assento dorme envolto

Em teus seios

E no compasso dois por quatro

Corpos em contração

E no espaço pequeno do quarto

Votos em construção

Mão na boca pra abafar

O que o rosto vai revelar

Não dá pra disfarçar

Se lhe faltar o ar aí

Eu te empresto o meu daqui

Pra gente continuar assim

Priscila Anine
Enviado por Priscila Anine em 02/07/2019
Reeditado em 02/07/2019
Código do texto: T6686866
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