Sapato de caça
Publiquei todas as minhas dores, culpas...
Nesse livro que ninguém leu!
Borrei todas as flores...
Não há mais espaço para delicadezas...
Não, não há mais...
Poderia ser aceitável, mas, a estação mudou,
menos o peso!
Ele está ali como um sapato de caça
velho, sujo...
Nenhum animal moreu,
Não poderia sacrificar ninguém
Exceto o Eu!
E está ali o calçado pendurado
Que me faz lembrar dos caminhos
Percorridos pelos meus pés...
Ele me faz lembrar das aventuras,
mas, não posso mais me aventurar.
E ele está ali a me lembrar
Do animal que tento matar!
Bom senhor, viajei tanto e,
trago crimes dentro de mim.
Fui cruel várias vezes, porém,
Não posso sacrificar esse ninguém
Nem mesmo com meus sapatos de caça,
Pois ele vive dentro de mim!