LAVRADOR DO BRASIL
LAVRADOR DO BRASIL
Milton Jorge da Silva
Na dura lida do campo
Só aprendi a plantar.
Cresci ouvindo a frase
Em se plantando tudo dá.
O plante que o João garante
Veio da televisão.
Encher a panela do povo
Virou nossa obrigação.
Crédito fácil juros baixo
O governo oferecia.
Toda safra assegurada
O gerente prometia.
Se a chuva não cair
Ou se a seca torrar.
Lavrador está garantido
PROAGRO vai indenizar.
Levado pela mídia
Lavrador semeou o chão.
Plantação nasceu vistosa
Alegrava o coração.
Faltou chuva e sobrou seca
No momento de colher.
E assim o lavrador
Viu o seu sonho morrer.
As dívidas contratadas
Com juros e indexador.
De pequena quantia
Em bola de neve se tornou.
O seguro contratado
Quando foi acionado.
Era uma armadilha
E também não foi honrado.
A promissória gorda
O banco executou.
Do seguro que ele fez
Nunca sequer se lembrou.
Penhoras arrestos
Praças e humilhação.
A terra do lavrador
Vai embora no leilão.
O crime cometido
Foi plantar e não colher.
A usura corre solta
Mais isso ninguém vê.
O Juiz aplica as multas
Que manda a legislação.
Há até homem do campo
Sendo jogado na prisão.
A corda só arrebenta
Do lado mais fraco.
E o lavrador brasileiro
Foi jogado no buraco.
Plantando está falido
Sem plantar deve morrer.
É a lei do mais forte
Aplicada pra valer.
Eu fico imaginando
O futuro da nação.
Sem lavrador sem campo
E até sem plantação.
Será apenas deserto
Terras pra especulação.
lucro fácil para os poucos
Donos dessa nação.
Só resta ao lavrador
Apelar ao Presidente.
Homem simples e do povo
Que entende sua gente.
Se ela aceitar
O problema resolver.
Manda auditar a dívida
A usura vai perder.
O seguro descontado
Também deve ser cobrado.
Indeferido de má – fé
Deve ser pago dobrado.
As Dívidas no valor certo
Será possível pagar.
O Brasil será feliz
E todo o povo vai ganhar.
LAVRADOR DO BRASIL
Milton Jorge da Silva
Na dura lida do campo
Só aprendi a plantar.
Cresci ouvindo a frase
Em se plantando tudo dá.
O plante que o João garante
Veio da televisão.
Encher a panela do povo
Virou nossa obrigação.
Crédito fácil juros baixo
O governo oferecia.
Toda safra assegurada
O gerente prometia.
Se a chuva não cair
Ou se a seca torrar.
Lavrador está garantido
PROAGRO vai indenizar.
Levado pela mídia
Lavrador semeou o chão.
Plantação nasceu vistosa
Alegrava o coração.
Faltou chuva e sobrou seca
No momento de colher.
E assim o lavrador
Viu o seu sonho morrer.
As dívidas contratadas
Com juros e indexador.
De pequena quantia
Em bola de neve se tornou.
O seguro contratado
Quando foi acionado.
Era uma armadilha
E também não foi honrado.
A promissória gorda
O banco executou.
Do seguro que ele fez
Nunca sequer se lembrou.
Penhoras arrestos
Praças e humilhação.
A terra do lavrador
Vai embora no leilão.
O crime cometido
Foi plantar e não colher.
A usura corre solta
Mais isso ninguém vê.
O Juiz aplica as multas
Que manda a legislação.
Há até homem do campo
Sendo jogado na prisão.
A corda só arrebenta
Do lado mais fraco.
E o lavrador brasileiro
Foi jogado no buraco.
Plantando está falido
Sem plantar deve morrer.
É a lei do mais forte
Aplicada pra valer.
Eu fico imaginando
O futuro da nação.
Sem lavrador sem campo
E até sem plantação.
Será apenas deserto
Terras pra especulação.
lucro fácil para os poucos
Donos dessa nação.
Só resta ao lavrador
Apelar ao Presidente.
Homem simples e do povo
Que entende sua gente.
Se ela aceitar
O problema resolver.
Manda auditar a dívida
A usura vai perder.
O seguro descontado
Também deve ser cobrado.
Indeferido de má – fé
Deve ser pago dobrado.
As Dívidas no valor certo
Será possível pagar.
O Brasil será feliz
E todo o povo vai ganhar.