O senso a dor e só
Agora que já dançou, riu e se divertiu,
Sabe que o inverno não tarda
Se sabe, pois, ontem provou
O gosto amargo nesse sangue frio
Estimula o tédio em estar vivo
Cantou a paz aos berros
Sendo salvo por um segundo de silêncio
Faz do do medo nosso novo critério
Calo em paz, sem vontade nem consenso
E vejo na sua volta o verter de luz
Aquela distorção de quem já me tornei
Parei para olhar o que já fui
E era voz
Alguém
E ressoar, desespero
A vontade de ser cada dia bem pior
Até acabar, o desterro
De ver e ter o senso a dor e só
Saio da profundeza de um verso triste
Para dentro desse gelo que se aqui faz
Cada hora em que acredito
Que poderia ser melhor
Mas desisto e vivo um outro dia mais
E vejo no cinza
O tom de outro sol a levantar
Lágrima que nunca pode eclodir
Talvez lhe diria
Fosse importante ser e não lembrar
Um motivo para ver algo ruir
E vejo na sua volta o verter de luz
Aquela distorção de quem já me tornei
Parei para olhar o que já fui
E era voz
Alguém
E ressoar, desespero
A vontade de ser cada dia bem pior
Até acabar, o desterro
De ver e ter o senso a dor e só
Se não por mim
Por mais nada
Pela raiva, o desespero ao redor
Se não por mim
Por mais nada
Pela dor de ser o medo e o ódio em nós