SIGO SOZINHO
SIGO SOZINHO
Quando ouço o som antigo
de uma bela serenata,
sinto que ela comigo
é emoção que arrebata.
Os bordões do violão,
os trinados de uma flauta,
bandolim, sua missão
é lembrar o que me falta.
Me falta a lua clara
iluminando o caminho
quando ninguém ampara
o meu peito em desalinho.
O que me diz o cantor
cantando sua saudade,
parece que é um louvor
pra tristeza que me invade.
Sigo sozinho na vida
alegria não me resta,
somente a dor sentida
quando ouço uma seresta.