Medo e abandono.
Éhhh !!!
Meio assim Meio de lado...passarinho assustado...não sou mais como um falcão.
Éhhh !!!
Os meus vôos não são rasantes, já não sou mais como antes e nem mesmo quero estar.
Éhhh !
De viver aborrecido, de calar, de dar ouvido, já começo a esmorecer.
A coragem está falhando, já nem quero mais voar. O calor é deste ano e o meu égo onde está !?
O meu medo o abandono, minhas carnes, meus enganos, em quem fui acreditar.
Maldição está acordada, e o tolo aqui selou. Todo homem é um enfermo, eu fiei, eu fui adendo, e amor me condenou.
Éhhh !
Alma tá alucinada, no deserto a vagar.
Alma não tá condenada e apesar de estar cansada, continua a andar.
Éhhh !
O horizonte é logo ali, logo devo desligar: e apesar dessa mudança, do medo e da matança, covardia vai prostrar.
Éhhh !
Pena e cera não adianta, vou voltar de avião.
Hoje o céu está nublado e o anjo condenado, abraçado ao ladrão.
Não foi mais que um instante e o punhal já me cravou.
Era pura covardia, de preguiça se cobria e a amor nunca abraçou.
Quando vi beijou meu rosto e a verdade distorceu. Carregou a lealdade, disfarçou fidelidade e o meu coração moeu.
Hoje o engodo atropela, fingi o céu em algum lugar. Diz que é o amor mais puro, santa e justa, configura, mais no fim quer descansar.
Éhhh !
Dá dá tem outro berço, a preguiça prosperou.
Quer dizer aos de redor, que ama e faz e o mundo atrós, não foi ela que escreveu !
Éhhh !
Deixa minha alma viva, deixa eu me afastar.
Quero doce lembrança, os rebentos, minha herança, quero poder alcançar.
O espírito me diz: Deus é fogo e ação. Vai correr e ver Marias, vai chorar sorrir nos dias, os filhos sejam a visão.
De buscar e entender, de orar e socorrer, Deus em fim te dá a mão.