ASAS são PORTAS

Árvores loucas me cercam no porão do mundo

tratores me abocanham

já não basta roncar feito borboleta enlouquecida

pelo álcool derramado dos raios vomitados dum sol ébrio

Bailarinas dançam sobre túmulos

que já foram montanhas

e hoje tampam a incoveniência dos mortos

e porque tua língua é clarim

despejando maremotos

e'minhas entranhas revoltas

digo posso puxar o céu com as mãos

e embrulhar o cadáver do meu destino

Asas são portas

aqui!

onde os homens bêbados

e boçais

ajoelham aos pés

do macaco