Antônio R. Filho
Alber Liberato

Chuva no Sertão

Onde era chão ressequido
Tem agora água corrente
E o sertão agradecido
Não se contém de contente

O lavrador, com sua enxada
Sua cabaça, seu Machado
Bem antes da alvorada
Vai alegre pro roçado

Retirando seu chapéu
Obedece ao coração
Gesticula para o céu
Sussurrando uma oração

Onde era chão ressequido
Tem agora água corrente
E o sertão agradecido
Não se contém de contente

Acredita que sua prece
Fez chover naquele dia
Tão contente agradece
Numa incontida alegria

Pois a chuva no sertão
Será sempre comovente
Como a chegada do irmão
Que há muito esteve ausente

Onde era chão ressequido
Tem agora água corrente
E o sertão agradecido
Não se contém de contente.
Antonio R Filho e Alber Liberato
Enviado por Antonio R Filho em 26/02/2019
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