CADÊ A LUA

A noite reclama / A lua não está / Bate à porta

Começa a esbravejar...

Mas é em vão... / solidão.

Poeta chora / A lua não está / Seu bem implora / Por versos a cantar...

Mas é em vão... / solidão.

Mas o que é certo / Ela descansa lá / Basta olhar.

Fato verdadeiro é que preciso tocar nessa luz que me vê por inteiro.

Seja um quarto, seja crescente, que banhe em mim e me limpe no ato

Que venha cheia ou quase nova,

Não importa a estrela em que esse lume vagueia.

Astronauta diz que a lua não está / Tá na rabeira da nave espacial

Feliz no vão... da imensidão.

O lobo uiva / Mas a lua não está / só na matilha, berra ao luar

Mas é em vão... solidão.

Mas o que é certo / Ela descansa lá / Basta olhar.

Já que sou de lua e luzes desfruto, danço com o toque que seu luar insinua.

Me troco, me lanço, reflexo difuso da base nua e crua

Que seja alto, que beire o infinito, nada é mais que seu brilho

Na sombra do meu grito.

Paulo Sá
Enviado por Paulo Sá em 28/12/2018
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