SENHORA
Você chega no samba,
Me esbanja,
Nem me dá bola.
Enquanto rola o Samba,
Você me despreza,
Você me ignora.
E eu vendo você de rosa,
Penso no verde da vitória.
Qual será teu nome?
Qual será teu nome, senhora?
O ritmo me remete
No compasso do teu olhar,
Teu sorriso brilha como o sol,
Tua voz é eco no crepúsculo a despontar.
E assim o Samba vai,
Rende rendas coloridas,
Que no compasso do teu corpo,
Vira arte de beleza infinda.
E eu continuo te olhando,
Admirando você toda hora.
Minha senhora, olha pra mim,
Pois estou aqui, querida senhora.