ENTRADA PROIBIDA

Ainda posso ver a juventude no teu rosto,

mas como esconder tanto desgosto já nem sei,

pensei tantas coisas tolas sem sentido

são tantos desenganos pela estrada, que cansei,

porém não cruzo os braços a dar risada

nem deixo minha vida escancarada, isso não,

pus uma placa entrada proibida

na porta fechada do meu coração.

Amar ainda é preciso e com razão

mas as vezes a cura vem com contraindicação.

Por dentro ainda sou jovem, apenas um menino,

numa luta ferrenha contra as coisas do destino.

E enquanto a mente atina alerta e sorridente

o corpo desatina sempre a zombar da gente.

Se busco descontente uma nova canção,

já não encontro alento nesse coração cansado

de bater dia e noite retumbando tão sozinho,

se fui ou não feliz, busco, mas não acho a resposta.

Olho na estrada, em vão, meus rastros se apagaram,

só vejo a poeira e como é longo esse caminho.

Adeus, adeus, adeus,

sonhos que deixei e não sei onde

perdi a juventude que desviou de mim

enquanto eu corria enfim, pra não perder o bonde.

Saulo Campos - Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 17/12/2018
Código do texto: T6529604
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