Escuridão da Manhã
Por que o mundo não vê hologramas
No meio da escuridão
Como se vida transpassasse
O destino da razão
A se meus sonhos fossem atendidos
Como se suplantasse sonhos
Na escuridão da manhã
A vida simula exigências
Do lado incomum do pesadelo
Como se meus passos caminhassem sozinhos
Asfixiados pela corrente do anormal
Meus olhos refletem a dor da vida
Por que a vida parece tão distinta
De nossos corações
Confecciono palavras onde minha decência
Pode abater o sonho do incomum
Minha vida vive dividida
Como se não pudesse alcançar
A margem do comum
Lembro do meu passado
Cheio de conclusões adversas
Como se o mundo suspendesse a dor do incomum
A aurora camufla as dores dos anjos
Que buscam um sossego na fonte dos meus desejos
Como se o sossego viesse na forma de dor
Por que o desejo suplanta o destino
De nossa mente
Talvez o destino não acumule o desejo
Dos sonhos
Queria viver só mais um dia
Olhando para as belezas das coisas
E notando o desespero da solidão
Onde o mundo enaltece as colunas do tempo
Como se o meu coração fosse atomizado
Pelas colônias da justiça
Os sábios vivem em um mundo declarado
Pelos abismos da luz
A curta passagem de meus desejos
Se simplificam nas noites claras da dor
Como se eu vivesse sonhando
Nas cicatrizes das ilusões
Desfilo as realizações de minha vitória
No horizonte de minha consciência
Onde sinto as dores do meu passado
E caminho para uma reflexão sem fim
Como se o inferno sussurrasse suas dores
No abismo da escuridão