O Náufrago da Cruz

As pérolas invadem o meu coração

Como se ele pulsasse

Além das margens da escuridão

Como a vida nos assola

Vamos vivendo no náufrago da cruz

Sinto o desejo de continuar

Permanecendo de pé

As coisas de minha vida sacrilegiam

O confidencial

Como se eu conhecesse o recado da manhã

A vida não nos pune ela nos rebate

Para a chacina do meu interior

Como se as coisas não fizessem sentido

Continuo nessa jornada

Caminhando a passos largos

Até o dia da minha confissão

Que vem extasiada

De maneira composta no náufrago

Da redenção

Como se tudo conspiracionasse contra mim

A vida é um sabor amargo de resultado

Onde os avantes permanecerão

Sendo levados para a ascensão do paraíso

Como se o destino tomasse conta de mim

E eu vivesse no ponto de margem estarrecido

Pelas bonanças que camuflam meu imaginário

Como se tudo isto fosse cópia de minha vida

Queria viver no recanto da tarde

Participando da ceia nobre

E convivendo com as estrelas até a hora de dormir

Como se o amor me preenchesse

E me levasse á outras descobertas

Que vão além do imaginável

Palpitando laços de amor

Onde o meu coração não suplanta o destino

De ser deixado de lado

As prisões abrigam nossa confissão

Quero viver na saudade de teus ombros

Como se a minha vida não te afetasse

Na saudade conflituosa do destino