Pobres rubis .
Uma canção que escrevi em agosto de 2013, em "C" = Dó Maior, e que não gravei ainda, mas que está pronta há tempo.
Há uma crítica social nesta letra, fala da hipocrisia reinante, dos falsos valores do cotidiano, do produto pronto para consumo e o desprezo e a incompreensão à arte, ainda marginalizada.
Dos tantos valores que se perdem no anonimato, dos não comerciais, os anti produtos, os músicos de rua, os poetas chamados de loucos, os marginalizados apenas porque sabem pensar.
Luz que invade o quarto, pela janela
Traz um rio de cores que me envenena
Sonhos e tolices que me dão pena
De ruas tão descalças , de tristes cenas.
Que cidades de pobres rubis
Lentes sujas que estão sem polir
São as vozes de tolos poetas
Que recitam seus sonhos febris
Das sacadas ouvindo o esplendor
Das mais lindas cantigas de amor
Vão tocando no fundo da alma
Nos acordes de rimas e de dor
Luz que invade o quarto pela janela
Traz um rio de cores, que me envenena...
Que cidades de pobres rubis
Lentes sujas que estão sem polir
Neste pátio tocaram a alma
E de rubro tingiram os rubis.