VELEIRO BRANCO
Fico a contemplar
Sentado neste banco
O veleiro branco
A correr ligeiro
No mar
Vai alcançar
As sinuosas gaivotas
Que chegam esvoaçando
E gritando
Na praia morta
O veleiro branco
Vai em busca
De seu destino
Corre o barco pequenino
A se chocar
Com o nevoeiro azul
E se adianta
As águas vai ferindo
E o seu caminho
Vai descobrindo
Nessa aventura
Prefere se arriscar
E deixa encher
Ainda mais
Suas velas de ar
E fico contemplando
O veleiro branco
Cruzando o nevoeiro
Do meu olhar
-Gabriel Eleodoro
Rio, julho de 2001.