SAVANA
Perdi-me em lento sono, em vento que não bate sol
Estando ao relento às nove horas da manhã
Afrodisíaca enrolada em sua canga indiana
Passou por mim
Pele em que prendo olhos tortos, óculos de sol
Disfarçar eu tento: Minha marca, manha das manhãs
Afro da pele fez de Ipanema sua mata, savana
Caçou-me
Perdi meu bando
Ando solto, presa fácil e vã em campo aberto,
Despertou-se a inveja do sol
Encurta o dia e lua sua a sua noite bem mais cedo
E tatuou seu nome em meus lábios
Mordendo o meu corpo por inteiro
Insana,
Insana savana