Rap de Minas Gerais
As mulheres do Estado de Minas Gerais
deixam a gente num estado... cuidado rapaz
com as mulheres do Estado de Minas Gerais!
Olho vivo, calado, tenha compostura
na esquina, no bairro, no baile, boate ou no bar,
no descanso, na lida, em qualquer lugar,
ela vem dá um nó e esse nó não tem dó,
ninguém o desata; é na veia, é na lata, é na tinta,
é no verso, é no vaso, é no vidro quebrado;
vá lá que você se atrapalhe! Detalhe:
então cruze os braços, escute, não fale. Cuidado rapaz
com as mulheres do Estado de Minas Gerais!,
pois elas são feitas de ouro e de ferro também.
Tome tento!, juízo, rapaz, não faz mal a ninguém.
Te cuida, te cuida! Depois não tem cura, é ciúme, amargura,
é dor que perdura. Atura.
Pra mineirar a mineira tem que ter na bateia
a verve que ferve, a manha que manha, a trama que trama;
depois, chupa manga
qual cão. Fique esperto, é bom ser quieto!, lisura no gesto,
que é parada torta,
e você se entorta no beco, na toca, no atalho, na loca,
no veio, no arco, no arco-da-velha. Cuidado rapaz
com as mulheres do Estado de Minas Gerais!,
pois elas são feitas de ouro e de ferro também.
Tome tento!, juízo, rapaz, não faz mal a ninguém.
É esse o rap, o rap de Minas, de Minas Gerais
que manda um abraço,
um abraço apertado
pro sul, Paraná; para o norte, Pará; pro nordeste, Ceará;
para o centro do oeste, Mato Grosso, Goiás;
indo mais para o leste, capixaba é demais, São, São Paulo, corro atrás...
Na geografia da vida, tracei o meu mapa, aprendi a lição:
cuidado rapaz com as mulheres do Estado de Minas Gerais!,
depois, quebra a cara e cai no alçapão. Te segura, meu irmão!