Quando não se tem o que amar
Nada além de pó
cinza sobre meus pés
tudo me impede de voar
Oh céus!
Oh Dor!
sou o castigo do diabo
a pedra do acusador
desintegro meus sonhos nas lagrimas
sou as tristes canções da criança perdida
sou o abismo
a infelicidade
moldada por mãos
que sangram
e sangram
mas que não deixam de viver
e eu que não deixo de sofrer.
Oh! poeta que canta sonetos pra mim.
faça-me sorrir dessa vez
faça-me esquecer essa dor
com seus versos alegres
Faça ver o mundo de um jeito melhor
um conto de fadas com tinta e papel
chorando palavras que irão me alegrar
o amor de nada vale
quando não se tem o que amar.