LúcyaAdães-ChicoDoCrato-MeuMal-MeuRemédio
LúcyaAdães-ChicoDoCrato-MeuMal-MeuRemédio
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ChicoDoCrato, Música, Voz, Violão, Sintetizador, Arranjo e mixagem do poema de Lúcya Adães.
Audacity 080 Ritmo 063+50 em Lá+. Gravação caseira. Gravar em estúdio.
Copyright: proibir a cópia, reprodução, distribuição, exibição, criação de obras derivadas e uso comercial sem a sua prévia permissão. A proteção anticópia é ativada.
“Boa noite, doutora!”
"Boa noite!” (que sorriso!)
Um aperto de mão...
(outro no coração...)¬
Uma vontade incontida
de abrir o jogo,
mas, nada digo.
Um espanto:
“Como está magro! Esteve doente?”
Digo lhe que não,
num grande desencanto.
“Deixei, apenas, de tomar leite...”,
arrisquei timidamente.
Passado algum tempo:
“Você não esteve doente?”
Novamente, descontente,
disse lhe que não.
Talvez até tivesse mentido
porque escondi, seguramente,
o mal que há tanto tempo tenho sofrido...
E, assim,
para que, pelo menos,
esta mentira tenha um fim,
nestes versos, cara doutora,
a você, hoje, venho expor
ou melhor, me abrir:
A causa do meu mal é o desamor...
Suplico lhe, portanto,
estancar me o pranto,
pondo um fim à minha dor...
Meu mal é terrível!
Acho até que é incurável...
...e só um esculápio
como você, doutora,
poderá salvar me.
Só você poderá curar me!
Sabe por quê?
Sofro a solidão
de um incompreendido amor,
por amar a uma doutora
que só vê doença em mim...
E isso é tão ruim!...
Eu sofro tanto!
Há tanto tempo
derramo grosso pranto...
Vejo me sempre sozinho...
É tão triste esta vida minha!
Sabe, doutora,
você bem que tem razão...
Estou doente, sim!
E o que é pior:
já estou chegando ao fim...
Portanto, atente
para o que lhe vou dizer:
bem que eu queria ter outra sorte...
Este amor está me levando à morte...
Não queria, desse amor, morrer.
Por favor, doutora,
ponha um fim à minha dor!
Bis no final
Você bem que pode salvar me!...
Só você pode curar me!
Sabe por quê?
O meu grande mal
é lhe querer bem...
É, baseado, porém,
na medicina natural,
acabei de saber,
que o meu santo remédio
é uma boa dose de você!