Ode à Lua

Ó lua, mãe dos mortais

Guardiã das florestas, das noites austrais

A ti eu imploro com tanta devoção

Desça e testemunhe a tua criação

Nas águas do lago tua luz refletida

Meus olhos contemplam com fúria aguerrida

Meu coração clama com tanto ardor

Ansiando juntar-se ao teu esplendor

Ó lua, ouça o meu canto

De voz pontuada por tristeza e pranto

A ti eu dedico singelas melodias

Para sempre permeadas de profunda nostalgia

Um olhar apaixonado eu lanço ao céu

Contemplando abismado tão alvo véu

Um fogo em mim se acende ao ver a tua luz

Ó deusa, teu encanto me seduz

Liberte a fera em mim!

Ó deusa , cujos raios me envolvem numa aura de prata

Vem à mim em meio as brumas e enfeitiça-me com teu poder

Nas trevas antes que a noite chegue ao fim

Que tuas graças obscuras recaiam sobre mim

Mas o dia chega e a tua hora de morrer

Apenas para em outro lugar renascer

Distante dos meus olhos mortais!