MAGO SUJO
MAGO SUJO
Moro, país esquisito, onde o asneiro faz cabeça rolar.
Desperta fera, ambição ao alheio, dito sem dono, rir.
Bicho, lobisomem, sem fome, querer mais par juntar.
Impar ao trabalho, limpar assoalho, fazer o mau parir.
Toda cria está registrada, números nunca os mentem.
Pelo reflexo subindo calendário, de costas pro otário.
Quadrilha acerta imagem, foi viagem o dia de ontem.
Inteligência impede acesso, gravador caiu no aquário.
Apagou a memória de tudo, culpa do maluco, falador.
Como possível tanta cara mudar, qual fosse diferente.
Induzir, conduzir, articular, manipular, preparar a dor.
Objeto de discórdia, dinheiro, até filme, francamente.
Gente boa iludida, pela gana, do faminto egocêntrico.
Mago sujo, peste bubônica, afaste de mim esse cálice.
Quanta vida afetada, maltrapilho, a mundo excêntrico.
Todos, pelo erro, pagarão, salvo, não querer cúmplice.