Destino imperfeito

Não vou lembrar mais de nada

Nem de ninguém

Vou me esquecer de tudo

Meu nome meus brinquedos

Meus ternos brancos de ir para o mar

Saudar a minha estrela negra

Do mar.

E quando eu não puder voltar mais para casa

Sem saber onde moro

Nem onde vou morar

Vou alimentar os pombos

Nesse pedaço de tempo que tenho em mim

Dentro de mim

Só haverá o suave céu de agora

Sem ontem nem amanhã

Sem demora

Os meninos tolos hão de rir de um velho alegre

Rindo de si

De seu destino calmo perpétuo.

Por isso ele ama tudo agora.

Tércio Ricardo Kneip
Enviado por Tércio Ricardo Kneip em 18/02/2018
Código do texto: T6257456
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