PORTA RÚSTICA

LUGAR FAVORITO

Saiu da rua deserta, sombria incerteza, pulando.

Grito já gasto, houve muitas, várias, reclamações.

Um pasto, um rastro, um risco que ia passando.

Pelas frestas abriram pergaminhos, indignações.

Recém nascido em berço foleado a ouro de tolo.

Cinema, maior diversão, amizade dividia janela.

Brincadeira de criança, mistura, pura, bom bolo.

Medo do cobre, apoio de louça, visão de novela.

Tanto aqui e acolá tão pouco, repartiu persona.

Não grato, pela mentira, falseou folha integral.

Próprio orgulho fugiu, manifestou outra zona.

Frase de intelecto galopando ao espaço sideral.

Sol e lua, cinturão de Orion, qual, as três Marias.

Bebida, droga, fumaça, festa, trança, explosão.

Todos pecados, desperdício de tempo, idolatrias.

Erradas estradas, fuga da aula, peleja exposição.

Estrela, sorte, destino, carma, veia, privilégio.

Achando saber mais, que ser superior, tal ilusão.

Apoio fundamental, porta rústica do novo colégio.

Casadinho, olho de sogra, melhor arroz com feijão.

Fundo do poço, lugar favorito, enfim descoberto.

Veio de baixo, puxando me para cima do lençol.

Tratamento real, abraço sentido, há braço certo.

Áurea da aurora sempre almeja outro belo arrebol.