Confidencial-ChicoDoCrato-SimplesmenteSys (Cordel)
Confidencial-ChicoDoCrato-SimplesmenteSys (Cordel)
ChicoDoCrato, Música, Voz, Violão, Sintetizador, Arranjo, Mixagem e adaptação do Cordel de Simplesmente Sys.
https://www.recantodasletras.com.br/audios/cancoes/78123
Audacity, 080 Ritmo 067+30 em Ré_. Gravação caseira. Gravar em estúdio.
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Vi meus versos num jornal
Jornal do dia
Dia que pedia calmaria
Calmaria emocional
Emocional sempre igual
Igual fruta no pé
Pé de laranja não dá café
Café bebi lendo cordel
Cordel foi parar num papel
Papel que ia acender a chaminé.
Chaminé de um recanto
Recanto para amantes
Amantes vendo a luz brilhante
Brilhante como meu pranto
Pranto sem orlas de manto
Manto que aquece os sonhos
Sonhos hoje tristonhos
Tristonhos num verso despido
Despido por um amor ferido
Ferido sem ver o amor risonho.
Risonhos dias, eu fui quem?
Quem sabe responder?
Responder e me compreender?
Compreender quem foi ninguém?
Ninguém ousa ir além,
Além do verso solitário
Solitário no cenário
Cenário de criticas este
Este que me veste
Veste-me desde o berçário.
Berçário de dor
Dor já rimei com amor no choro
Choro que ganhou coro
Coro dos anos sem ver o valor
Valor das horas de um pecador
Pecador que chora de aflição
Aflição que me fez beijar o chão
Chão de terra pisada
Pisada parece emboscada
Emboscada para acusação.
Acusação como pó assoprei
Assoprei para o vento
Vento ecoou meu livramento
Livramento que amei
Amei na vida o que gritei
Gritei só o que me fez feliz
Feliz mesmo com cicatriz
Cicatriz guardo como troféu
Troféu que ergo ao céu
Céu onde a flor agradece a raiz.
Raiz tem meus versos doados
Doados na mocidade
Mocidade onde fui raridade
Raridade com legado
Legado abençoado
Abençoado em essência
Essência e referencia
Referencia me veio do céu
Céu que não me deixou a léu
Léu é feito de ausência.
Ausência deixei num verso frio
Frio sem destinatário
Destinatário é vestuário
Vestuário para poeta vazio
Vazio está por um fio
Fio que fia versos suspensos
Suspensos como eu penso
Penso que ele chora
Chora com a demora
Demora do leitor, eu penso.
Penso agora na vida
Vida que guarda segredos
Segredos não me dá medo
Medo não cria a saída
Saída é a palavra acolhida
Acolhida com determinação
Determinação e ação
Ação eu vi no jornal do dia
Dia que me deu alegria
Alegria foi acolhida.
Acolhida com admiração
Admiração não padece
Padece os maus com a prece
Prece feita de joelhos
Joelhos vistos no espelho
Espelho d´água alcança o céu
Céu mergulha como um véu
Véu lavado em poesia
Poesia vesti alegria
Alegria invade o coração.
Coração agora é fogaréu
Fogaréu no brilho de um olhar
Olhar foi no espelho afirmar
Afirmar o brilho que sentiu
Sentiu quando na vida refletiu
Refletiu no poema normal
Normal ainda tinha moral
Moral que deu sentido ao dia
Dia que venceu a ironia
Ironia vinha do jornal.