Longo caminho
No estradão vai a comitiva
Viajante no sol escaldante
Toca a boiada no berrante
A última viagem do boi sem nome
no matadouro o seu fim
E o berrante como é gritante
Num ritimo forte, ordem na boiada
Nem boi machucado, fica para trás
Na Beira do rio, o arroz tropeiro
O cozinheiro, na frente apressou
Na parada o descanso, a viola no recanto faz moda sofrida da vida vivida
A minha morada é no estradão, nessa vida de solidão, mas carrego no coração, a saudade de uma mulher
Refrão
O estradão é o meu chão
As estrelas a minha casa, a olho nu
vejo o seu corpo, imagino aqui comigo
aquece na fogueira saudade de você
Nesse longo caminho, levo a vida
No berrante grito minha tristeza
agrupando a boiada, laçando boi fujão,
A solidão só terá fim no destino de te reencontrar