IRA DO MUNDO

IRA DO MUNDO

Há certa complexidade muito íntima na cumplicidade.

É como pacto de sangue em pro da talvez maioridade.

Por seguintes pensamentos nesta negritude maldade.

Troco toco, do carnaval passado, a mesma localidade.

Proteção das nascentes virou piada, fraca de caridade.

Sol esquenta moringa, água perde sede na qualidade.

Quando não seca na fonte, anulando a oportunidade.

Espelho esconde reflexo, encontra dupla ambiguidade.

Provoca ira do mundo, profundo, calar, falar falsidade.

Relata um fato, nenhuma foto, dizendo ser a verdade.

Quem com ferro fere olho por olho, tem impunidade.

Ocupa cargo efetivo, no leito vazio, frio, desta cidade.

Isolado ao lado do outro, assim caminha humanidade.

Segredo a sete chaves, como num cinto de castidade.

Confunde o já confuso povo e pede qualquer piedade.

Esquece detalhes da importação, da data de validade.

Ato falho sempre aparece naquela lei, conformidade.

Transito congestionado, ronca motor em velocidade.

Fica o dito pelo não dito, fingindo a total idoneidade.

Escorre pela montanha, fé, crença de toda felicidade.