VERGASTADO

VERGASTADO

Meio doido é meio normal também, certo.

Abre olho em tempestade de areia no deserto.

Mostra quarto branco o tamanho da solidão.

Em tempos as coisas complicam, ou não.

Cercado de estrela seguinte brilhante arrebol.

Na mais fina flor da pele, ilustrando recado.

Se tem para pagar toda marca do pecado.

Amarre tumba a corrente sob causticante sol.

Deixa queimar tantas dores, lavabo de sangue.

Alma esquecida, mente temida, louça de tanque.

Espalha brasa no mato sem piedade da mata.

Arrancando do peito chaga, abrupta, primata.

Arremata com chapisco os pilares de outrora.

Medo, segredo revelar no despertar da aurora.

Chibata canta melodias amargurando açoite.

Sofre silencio, desflora fauna, vergastar a noite.