QUARTO AFLITO

QUARTO AFLITO

Enquanto sol ofusca a constelação revela.

Imensidão do universo cercado de infinito.

Horizonte olha pintar minuto em nova tela.

Aproveita corrente para sonhar bem bonito.

Cada dia um arrebol acorda o outro no grito.

Sempre atrasada correria da hora que urge.

Segundo manda terceiro para quarto aflito.

Manchete e estatística, ora fúnebre, insurge.

Berro da manhã propaga que nunca é tarde.

Indigesta devassidão, aumentando a sequela.

Reduzir chama merecida desse fogo covarde.

Calor do astro, sede do gado, febre amarela.

Brasão egoísta e falido, impede água filtrar.

Disfarça erro parasita culpando a passarela.

Tarefa de todo ser vivo, sempre multiplicar.

Parceira e cumplice, noite, dona da luz, vela.