Amarga solidão
no compasso das batidas do relógio
meu coração bate igualzinho também
as vezes dá um soco mais forte
mas tudo isso é saudade de alguém
e quando deito, eu durmo sonhando
já não mais ouço as batidas do coração
enquanto sonho amanhece de repente
vem outro dia trazer a amarga solidão
até o sol não ilumina quando olho
lá para as nuvens implorando ao meu Deus!
e quando falo, traz de volta quem eu amo
as nuvens escurecem e na escuridão fica só eu.
0001 2007 0022
09/06/1985
Abel Paes de Camargo