Alvorada do sertão
quando o dia amanhece, volta o que desejei
debaixo das nuvens brancas, chega o nosso astro rei
esse sol que dá calor, as lavouras que plantei
e a tarde mansamente, vai sumindo pro além...
quando a noite escurece, meu sertão se ilumina
clareando as estradas e os picos das colinas
o luar brilha no céu, na terra cai a neblina
as estrelas cintilantes, são as boiadas nas campinas...
nas alvoradas eu vejo, os passarinhos cantar
e a maldita saudade logo vem me atormentar
nos campos do sertão, chororó vive a piar
porém sozinho na cama, acompanho a chorar...
a pombinha mensageira que voa sem direção
sabiá faz sua festa em cima do pé de limão
e os outros passarinhos, também cantam a sua canção
é bonito mesmo ver a alvorada do sertão.
0001 2007 0047
abel paes de camargo