Cotidiano
Eu continuo nas mesmas ruas, antigas que me criaram, desde os campos de terras, vi que poucas coisas mudaram, muitos falam, e outros calam, omitindo a verdade, se a viatura me para, não deixo que nada me escape
Eu não sei, não vi, não tenho nada, sou usuário, tava só de rolê, parei pra dar um trago, as regras não sou eu quem faço, eles ficam na desconfiança, mas é a cartilha da periferia, seguida desde criança, ser homem e não pilantra, sabe, quem cagueta dança, se ramela na quebrada, não é bem vindo na minha banca.
Originalidade, e o gingado de malandro, sofremos opressão aqui, hãn a milianos, já nem sei, foi quantos manos? Foram quantas mães em prantos? Enterros de amigos, e eu to sempre chorando
Pedindo a Deus a proteção, no meio desses hipócritas, que sugam a sua vida, até te jogarem fora, enxuto, no mar de bosta, entregue as desilusão, sem emprego, na merda, e com ódio no coração,
num caminho sem direção, guiado pela lembranças do passado, que te fazem refém, vivendo um pesadelo acordado
Ligo o foda-se nessa porra, dou a volta por cima, incendeio os filhos da puta, com queresone e gasolina, pra escapar da melancolia que me engolia até então, vou iluminar essa porra, começando com a explosão
explodindo idéias fracas de falsos mentes pensantes, que falam merda na web, que se dizem os traficantes, é muito desgastante, você gritar que faz dinheiro, mas rap de verdade, cê fez em qual momento?
Controvérsio de fato, rima rica, idéia loca, eles acharam que eu era funkeiro, até eu abrir a boca, não se surpreenda, não é a toa, é que meu rap não é roupa, são idéias construtitvas, que saem da minha boca
São os chave de quebrada, que sua mãe detesta, que se vê a viatura, assustada grita: PEGA