NÓ NO PESCOÇO
Moço estou com nó
No pescoço
Estou entalado de novo
Nem engoli o caroço
Moço minha atitude
Já foi tão grosseira
Já dei pernada
Já levei rasteira
Quase fui parar dentro
De um camburão
Agora banquei esperto
Junto do meu povo
Já não me entalo com esse
Tal caroço
Eu também já fui moço
Sei quanto dói a vida
Moço já desci ladeira
Com as pernas bambas
De madrugada nas casas
De Bambas
Eu já tocava um samba
No meu violão
Eu já fui poeta
Na noite de lua
Já fui parar quase no
Meio da rua
Feito maltrapilho em frente
Á estação
De noite, de madrugada
Minha Nega dizia:
_ Isso são horas de chegar
no dia?
Eu respondia:
_ Minha filha foi o violão.