Restrições

Giro o mundo, vagabundo, num segundo tudo mudo, cometeram adultérios, enquanto eu pixava muros, coma profundo, obscuro

Como borboletas no casulo, floresceram mais idéias, e me tornaram maduro.

A fé que alivia salva, a dor que abomina mata

A palavra que consola marca, os olhos de quem chorou já basta

A mão que se estende põe, a que não existe tira

Os pés de quem caminha doem, de quem anda pra trás atira

A barriga que não come dói, a mente não fortalecida grita

Trens sem trilhos caem, quem vaga certo não foge da trilha

Pessoas que não se conhecem se esbarram, com problemas de família

Enquanto boas pessoas se abraçam, só por celebrarem a vida

O peito que bate sofre, comporta mais de mil emoções, já as lutas que me deixaram forte, me guia em meio as multidões

A fumaça da erva que acalma, eleva minha cabeça ao além

Meditando em meio a esses mente fraca, que acha bonito roubar celular e ir pra febem

Eu fui a válvula de escape do crime

Fiz poesia de alma, com calma e firme

Agora o roteiro é vitoria, vitoria, vitoria

Assiste meu filme!

Eu andava chinelo havaiana, com prego na ponta, pra durar bem mais

Agora eu quero dinheiro na conta, continuo de havaiana, mas sustento meus pais

Eu não valia nada, sem carro, sem casa

Sem marca, almejando mais

O pouco que eu tinha era pouco, mas pros loco de quebra, é ouro, vai!

Juan JCP
Enviado por Juan JCP em 06/07/2017
Reeditado em 06/07/2017
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