Um malandro que não vivia
Faço uma canção de amor,
A dor que me traz é chorar,
Sempre esperei por uma flor,
Sem quis amar,
Brilha um encantador
Olho verde a ousar me olhar,
Sempre encantando a dor
Que vem me causar,
Sou apaixonado pela música,
A inusitada paixão de querer
Parecer a falsa mágica
De não entristecer,
Vou pluralizando os meus corações,
Eu escandalizo as emoções,
Termino cantando o amor,
Toda essa dor,
Se o fado é um amor,
Que o mal seja flor,
Quero saber de alguém
E não ficar sem,
O meu canto termina,
Onde essa menina começa,
Se é cachorra ou felina,
De me destruir a impeça,
O meu refrão vou reclamar,
Quero dizer do amor,
Um beijo eu vou dar,
Quero a minha flor,
Seja pranto
Ou encanto,
Verbo é fado,
Verbo é canto,
Enquanto verbalizo o amar,
Quero cantar e ser cantado,
Quero muito te amar,
Quero muito ser teu amado,
Por isso me nostalgia
Essa canção que deprecia
Um malandro que não vivia,
Mas que aqui se elogia...