RAIMUNDO DOIDO
No Sertão do Araripe
Nasceu Raimundo Jacó
E naquelas bandas de lá
Não havia vaqueiro melhor
De gado ele entendia e amava
Seu “aboio” era cantiga de ninar
Montado em seu “alazão”
Dava gosto vê-lo “aboiar”
Não tinha medo de nada
No céu, na terra ou no mar
Não havia bicho “xucro” nenhum
Que ele não pudesse domar
Era homem de bom coração
Há deus era todo seu louvor
Mas como “Abel no paraíso”
Foi a inveja quem lhe matou
Morreu, o homem morreu
Mas seu nome se eternizou
Naquele lugar, em Serrita
A missa do vaqueiro vem relembrar
Que foi ele, Raimundo Jacó
O melhor vaqueiro do lugar
Oh! “Raimundo Doido”
Chega aqui, vem “aboiar”
Vem, vem juntar o teu gado
Pra, no céu, com Deus te encontrar