Desavenças
Máquinado de ódio por traumas em apuros, com cortes nos pulsos, o meu lado obscuro, em cima do muro? Não! Eles me tentaram até perder a razão
Consequência das nerusoes e vários desafetos, guerras de ego, nada discretos, no meio dos pregos, armas no teto
Fui expulso do inferno, meu dialeto, pouco correto, caminho incerto,
lado inverso, nada discreto, o peso do verso, se rodar já era, vira residente interno
O meu peito palpita, ele já não aguenta mais, nessa guerra que não termina, em busca da paz, fui desonra pros meus pais, o abandono de incapaz
Já que não consigo fugir, da prisão de alcatraz. Meu rosto? Tá no cartaz, estampado nos jornais, promoveram a caça de quem expõe seus ideais, são vítimas fatais, de crimes nacionais, enquanto a igreja rouba, com padres e cardeais
Mortífero de fato, com papel e uma caneta, essa rimas são pros irmãos, que estão no cemitério e na cadeia, que não teve santa ceia
Tiveram poucos respaldos, que viveu muitos enterros, e poucos aniversários, e eu vivi rodeado, dos loucos de esquina
Seja muito bem vindo, a nossa própria guerra química, a intenção é assassina, to armado até os dentes, tem crack e cocaína, destruindo famílias, antes éramos quilombos, hoje periferias
que tiram leite de crianças, em meio às desconfianças, que queimam no caximbo, todas suas esperanças, e não tem concordância
No momento da cobrança, já que você me deve, acabou a tolerância, sente o cheiro da fragância, do sangue escorrendo
Já vivemos uma guerra, e ninguém tá sabendo!
De onde nós viemos as pessoas são sofridas, maqueiam no rosto, suas próprias feridas, e ainda há quem diga
Que o povo muito é fraco, sente o peso da ferida, de ser largado no orfanato!
Ser tratado como capacho, procurando uma luz, por que pra polícia sempre é suspeito, todo jovem de capuz?
Sente o gosto amargo, que destila o veneno, se quem caminha sempre alcança, eu vou alcançar correndo
E já faz algum tempo, que eu não me compreendo, são idéias muito sujas, pra você ficar sabendo
No momento do tormento, são idéias ao relento, esse é apenas um relato, que estive escrevendo ...
É mano, eu andava meio perdido, sem rumo e sem trilho, eis que um dia me joguei no rap, e ali vi um incentivo, saciou a fome do espírito, foi um alívio, graças ao rap, me sinto vivo!