ASSUM PRETO

Voa Azulão coração
Viagem lenta ao Nordeste
Chorando as matas que imploram
Esse chover que demora
Vem transformar os açudes
Belas piscinas nas terras
Minhas meninas singelas
Flor de perfume canela

Venha banhar-me com a cor
Do teu olhar
Voa Juriti, Assum Preto
Quer cantar!
E se não cantou pra chuva
Voltar
Teus olhos choravam
Assum Preto então cantava

Foi Juazeiro rezar
Pelo fatal documento
E quem viu o lamento
Estremeceu sentimento
E Assum Preto voou
Levando as mágoas no tempo
E veio a chuva de vento
Que alegrou o sofrimento
Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 27/04/2017
Reeditado em 22/08/2019
Código do texto: T5983127
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